10 comentários sobre “

  1. Realmente a casa onde viveu a família Moreira Salles é espetacular.
    Foi em uma vista ao Espaço Cultural, deslumbrado pela beleza e imponência do imóvel, que descobri o documentário Santiago, de João Moreira Salles.
    Achei que tratava-se de uma homenagem ao mordomo Santiago e, também, uma oportunidade de apreciar a beleza da casa que hoje abriga o IMS.
    Ademais, como pude observar na capa do DVD, a excelência do documentário era exaltada pelos prêmios que este recebera pela crítica especializada.
    Ou seja, compra certa e diversão garantida.
    Assisti o filme.
    Não acreditei no que vi. Então, assisti novamente.
    Vai aqui minha opinião.
    João Moreira Salles, ou “Joãozinho” – como se refere o pobre Santiago – é um sádico. O banqueiro humilha o mordomo em frente as câmeras durante todo o documentário.
    Ele dá ordens grosseiras incessantemente. Diz como o mordomo deve se expressar, o que deve falar, como se posicionar e até que repita, por mais de 6 vezes uma frase de Bergman.
    Confesso que nessa hora, nas duas vezes que assisti, tive vontade de desligar a televisão.
    Em outro momento, minha vontade já não era desligar, mas sim quebrar o DVD.
    O banqueiro além de não deixar o mordomo contar um fato que seria mais um traço de sua curiosa personalidade, ordena que ele conte, rapidamente, um caso que é irrelevante ao suposto propósito do documentário, ou seja, o Santiago.
    Para piorar, o “Joãozinho” ainda tem o despeito de relatar que a distância o impediu de fazer takes próximos ao Santiago, afirmando que a relação servo / senhor impediu-o de fazê-lo.
    As premiações que este documentário recebeu, ao meu ver, devem ser atribuídas à capacidade que o cineasta banqueiro teve de desnudar-se, mostrando-se um patrão insensível e brutal diante de um senhor que serviu fielmente por 30 anos a ele e sua família.
    Vale assistir para conferir a coragem do Joãozinho Moreira Salles, repito, Joãozinho Moreira Salles, que até seu nome proibiu Santiago de mencionar durante a gravação.

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  2. Um banqueiro é um banqueiro, principalmente em segunda geração. Afinal o sistema financeiro – suas poucas dezenas de famílias – dominam o mundo de hoje. Algum sentimento de superioridade sempre há de existir.

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