Ladrões dentro e fora das telas

ladrão de casaca

(Ladrão de Casaca – Filme de Hitchcock)

Nos filmes hollywoodianos torcemos por ladrões como Frank Abagnale Jr , vivido por Leonardo di Caprio em “Prenda-me se for capaz”,  e achamos que é só o glamour do cinema que faz nos esquecermos que se trata de um ladrão, falsificador de cheques, praticante da medicina sem ser médico etc.

Além do próprio Abagnale Jr, que cumpriu a pena e se tornou um empresário bem sucedido, outros criminosos da vida real  também entram nessa categoria de criativos e alguns até foram “perdoados” pela confusa ética social.

  • Ronald Biggs: assaltou o trem pagador na Inglaterra e fugiu para o Brasil. Seu filho, Mike, fez parte do programa infantil Balão Mágico, na Globo, nos anos 1980.
  • D. B. Cooper: nome usado para se referir a um homem nunca identificado, nem encontrado, desde que, no dia 24 de novembro de 1971, sequestrou um avião da Northwest Airlines, no espaço aéreo norte americano, levou duzentos mil dólares de resgate e pulou de paraquedas.
  • Butch Cassidy e Sundance Kid são personagens que existiram! Butch, nascido em 1866 foi o líder da gangue de ladrões de trem mais bem sucedida dos Estados Unidos e só passou 18 meses na prisão. Sundance, um ano mais velho, juntou-se à gangue em 1896. Não se sabe como nem onde morreram.
  • Você conhece mais algum criminoso famoso criativo e/ou perdoado pela sociedade para incluir na lista???

Butch Cassidy

De acordo com um artigo acadêmico de Scott Wiltermuth, pesquisador de comportamentos antiéticos na Universidade do Sul da California, todos nós tendemos a ser mais tolerantes com tramoias executadas de forma criativa e inteligente do que com os crimes cometidos de formas convencionais, considerando que não tenha havido brutalidade em nenhum dos casos.

O pesquisador explica que uma parte de cada um de nós admira a criatividade e a astúcia na execução de crimes e acaba “perdoando” o criminoso. Wiltermuth recomenda que fiquemos atentos a esse tipo de percepção errada, que só prejudica as relações sociais.

Eu continuo gostando de crimes perfeitos no cinema, mas acho cada vez mais incômodo assistir criminosos (criativos ou não) defendendo a ética e o combate à corrupção na televisão.

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