Jovem “Velha”

ballet

Outro dia fui xeretar o que o Ludo estava assistindo no computador e ele me mostrou a cena de um filme que me deixou curiosa pela música e pela descrição que meu filho fez.

A música era Modern Love, que eu adoro, a cena mostrava a personagem principal dançando na rua e, segundo o Ludo, Frances Ha contava a historia de uma bailarina que não tinha muito talento pra dançar e que dava azar na maioria das situações que ela vivia, mas estava sempre feliz e esperançosa.

Assisti ontem à noite com meu marido.

Imaginei que devia ser uma espécie de Amelie Poulain. Errei na comparação, mas não no país de inspiração. O filme bebeu na fonte das comédias francesas dos anos 1960, principalmente, até a primeira metade. É bem alternativo, cheio de diálogos e personagens charmosos.

Por que o título do post é Jovem “Velha”?

Porque a personagem principal, com 27 anos, era considerada velha pelos amigos e conhecidos da faixa dos 20. Eu me lembro de ter sentido o mesmo com essa idade. Como se o mundo de possibilidades estivesse se fechando e a pessoa ainda cultivasse o espírito adolescente.

No caso dela, o peso da idade estava ligado à vida profissional, que ainda não tinha engrenado, e à solteirice.

Frances Ha encanta porque existe um lado poético e heroico na sua “imaturidade”  que está relacionado com a crença inabalável em seus valores pessoais, na idealização da melhor amiga e no desprendimento com os bens materiais.

É um filme cult, que teve algum sucesso de público, e que vale à pena assistir se você gosta desse segmento.

 

34 comentários sobre “Jovem “Velha”

  1. Obrigada pela dica do filme. Faz o meu estilo. Não o conhecia.
    A música conheço bem e gosto. Estive na queima de fogos em Londres e ouvir o Bowie, naquele momento, cantando com o Mercury, Let’s Dance, foi arrepianteeee.
    É bem diferente do magnífico e puro Amelie Poulain.
    Tb senti o mesmo, nos vinte e muito. Aliá, tem uma música do Fabio Jr, q fala dos ‘meus vinte e poucos anos’.

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  2. Se tu tivesses confirmado a semelhança de “Frances Ha” com “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, eu passava longe. Oh filminho pretensioso e chato.
    Conheço “Frances Ha” pelo pôster (>_<), mas nunca vi. Depois vou assistir (^_^).
    Feliz ano novo, Mariana! Beijos!

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  3. Estou com 24 anos, estou ficando velho. Sim, ainda estou novo, mas não é como antes. Tenho que agir de acordo com a idade que tenho, já sou adulto. É isso o que cobram. Porém, mesmo sabendo disso, não me sinto nada diferente conforme o tempo passa. Espero que continue assim por muito tempo! Se sentir velho ou jovem, tirando o peso que a idade traz ao físico, é uma questão psicológica, cabe a como nos vemos: se como jovem, ou como velho.
    Interessante reflexão que o post traz, além de uma dica de um filme.
    Grande abraço. Bom final de semana.

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  4. Vou tentar arranjar para ver com a “patroa” 😉 hahahaha
    Gostei da resenha ^^
    Eu também sou um “jovem velho”. Ou talvez um “adulto de meia idade que pensa que tem 18 anos menos quando acorda pela manhã e lhe doem as costas” xD (Olha, dava um título giro para um texto 😉 haha

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      1. Aff… Netflix precisa de cartão de crédito… (aqui) E eu já tenho tanta porcaria na TV… Mas se calhar vale a pena… Vou conversar com a patroa, pra tirarmos o TV Cine (que não temos usado, a bem da verdade), e colocar NetFlix 🙂
        Obrigado pela indicação!

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  5. Perdon, I got a little lost at the mention of a David Bowie song. Thanks a lot for following me and liking the relevant stuff, esp my post re: alcohol, the stuff that nearly killed me. Taking it day-by-day. Brazil sounds like a place I need to go to; also, Argentina. Muito obrigado!

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    1. Hi Rob! The song Modern Love appears in the movie when the main character is dancing in the street. I love this song. When I heard it on my son’s computer I got interested in knowing what the movie was about. Wish you all the best in your day by day brave attitude!🌻Thank you too!

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      1. I like Bowie too. _Let’s Dance_ was first released in, I think, 1982. I was a sophomore in high school. Imagine how we had no CD players yet! Only vinyl and cassette decks and a few wandering 8-trk tapes even. I didn’t hear my first CD technology until 1986 on the radio. The song was “The Boy in the Bubble” by Paul Simon, off of _Graceland_. How about that?

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  6. My fave Debussy piece is “Jumbo’s Lullaby” from Children’s Corner. I can just see that big circus elephant, represented by the bass clef of the piano, staggering, then entering a dream. Such an image… Pardon me, I was confused by the name of your blog. Your name is a woman’s name, yes?

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