Ontem assistimos a mais um filme concorrente ao Oscar 2018: A Forma da Água.
Apesar de se ambientar nos EUA nos anos 1960, curiosamente, muitas referências audiovisuais parecem tiradas do imaginário sobre o Brasil das décadas anteriores.
Além das citações sobre a América do Sul e a Amazônia nas conversas entre os militares e os cientistas, tons verde e amarelo predominam na tela durante o filme inteiro, há a voz de Carmen Miranda cantando Chica Chica Boom Chic (do musical Uma Noite no Rio, de 1941), e o romance da mocinha aventureira com a criatura mítica, que poderia ter saído do Reino das Águas Claras de Monteiro Lobato (Reinações de Narizinho , originalmente publicado em 1931).
Os personagens que retratam “homens de bem”, “defensores da moral” e “garantidores da ordem” expressam seus preconceitos e sua agressividade contra os negros, os imigrantes, os gays, as mulheres e os deficientes físicos ao longo de todo o filme.
O preconceito e a crueldade são ainda mais explícitos contra o deus das águas, capturado no seu habitat e trazido para o laboratório, onde é torturado e ameaçado de morte por não ser compreendido pelos americanos nem pelos russos. As duas potências só querem usá-lo como instrumento de poder durante a Guerra Fria e a Corrida Espacial.
A maldade sofrida no cotidiano dos heroicos personagens não contamina a atmosfera da fantasia e termina com uma linda poesia sobre o amor que independe da forma como o ser amado se apresenta:
“Unable to perceive the shape of you,
I find all around me,
your presence fill my eyes with your love,
it humbles my heart, for you are everywhere.”
Traduzindo bem livremente, fica assim:
“Sem poder perceber sua forma
Encontro-a ao meu redor,
Sua presença preenche meus olhos com seu amor,
torna pequeno meu coração, pois você está em todo lugar.”
*Desenhei o boto rosa e colori com o aplicativo Prisma. Podemos lembrar a lenda desse conquistador das águas da Amazônia aqui.
Bom domingo a todos! Hoje tem transmissão do Oscar na TV!
Temos aqui uma artista!
Eu desconhecia ser esta a história do filme. Estou cada vez mais distante dos filmes americanos, mas este pareceu-me muito interessante.
De onde será q veio essa influência brasileira ?
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🤣Quem dera… Você é um amor😊Não sei se ele quis mostrar influência brasileira, mas foi assim que eu percebi. O figurinista tem sobrenome português.🤔… É um filme bonito. Gostei bastante. Recomendo. Hoje ainda quero assistir “Corra!” Você já viu? 😘🌻
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Não vi.
Estou a ver neste momento um filme chileno. Ainda vou ler sobre ele. Chama-se: Violeta se fue a los cielos.
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Sinto falta de assistir a algo verdadeiramente brasileiro…
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Oi Jauch! O último filme nacional que eu assisti foi “Bingo-O rei das manhãs”. Achei bem divertido, mas o melhor filme nacional pra mim foi “O auto da compadecida”. Gostei muito de “Cidade de Deus” também e “Tropa de Elite”. Não estou muito atualizada… Bjos🌿
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Oi! Também não estou atualizado.
Lembro de assistir um que era com o Santoro, no Sertão, e uma richa de família… Lembro do Fome… Lembro de um em que Deus vinha à terra e ficava enchendo as paciências de um malandro pra fazer a sua vontade… Lembro do Aldo da Compadecida e Tropa de Elite, também… Lembro de mais um ou outro vagamente… Preciso ver se acho mais coisas… 🙂
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Esse do Rodrigo Santoro eu também vi e também esqueci o nome😁mas é bom. Você vê bastante cinema brasileiro. Legal😊Bjs
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Eu gosto muito de cinema nacional 🙂
Mas gosto mais daqueles filmes mais “leves”… rs Ou melhor, gosto que a quantidade de filmes leves seja maior do que a de filmes mais “pesados”… Pra manter a sanidade 😉
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