Desde que a Copa do Mundo começou, já surgiram críticas aos jogadores da maioria das nacionalidades (dissimulados e/ou covardes ao agredir os outros times) aos comentaristas esportivos (que naturalizam a farsa para cavar falta, penalty…), sem falar nos torcedores brasileiros e de outras nacionalidades (machistas, arrogantes e desrespeitosos, pra não dizer $%¨&*@#$).
O importante é …
“Foi apresentado ao adversário à borda da piscina… Quis puxar conversa mas Eduardo o observava como a um inimigo. Ele há de ver comigo – dizia, para si mesmo. Por inexplicável movimento de pudor que aos outros e à própria assistência pareceu antiesportivo, recusou-se a ser fotografado ao lado dele.”
“Ganhei? – perguntou, ansioso.
Mafra o consolou, batendo-lhe nas costas: tirara terceiro lugar. Foi para casa sozinho, a cabeça em tumulto. Por que tudo aquilo santo Deus?
…
Vaidade? Solidariedade com seu clube? Ora, bem sabia que tais coisas não existiam mais para ele.” (Fernando Sabino)
Torcidas da Tartaruga e do Coelho
“Conta-se que a tartaruga e o coelho foram apostar uma corrida. O coelho saiu na frente e quando estava no topo de um morro olhou para trás e viu a tartaruga lá longe, tão longe que resolveu deitar e dormir.
Passo a passo a tartaruga passou pelo coelho adormecido e chegou em primeiro lugar.
No Japão essa fábula é ensinada para enfatizar a importância da persistência, paciência e continuidade.”
“No entanto, quando essa história foi contada na Índia, houve quem dissesse: “A tartaruga foi má. Sabe por quê? Porque ela não acordou o coelho.
…
A história no Brasil foi diferente. A tartaruga enganava o coelho e chegava primeiro.
…
E a versão de Buda, como seria?
Saíam juntos o coelho e a tartaruga. Não se preocupariam em ganhar, mas em criar harmonia com sua passagem. Ofereceriam o prêmio um ao outro, pois não haveria perdedor. Um ganharia pela velocidade. Outro pela persistência.”
“Cada um é cada um. Tem valor e tem lugar. Nada é fixo. Não há melhor nem pior. Há o que é correto em sua função e posição. Ser humano, estrela, cão. Somos todos apenas você. E você sou eu. Tartaruga e coelho além da competição.” ( Monja Coen)
*Os trechos de “O importante é …” foram tirados do livro “O encontro marcado”, de Fernando Sabino.
*Os trechos de “Torcidas da Tartaruga e do Coelho” estão no livro “Sempre Zen”, da Monja Coen.
*As ilustrações alteradas pelo aplicativo Prisma são de Jimmy Scott (O Tesouro de Tico, de Walter Cunto e Fofa – Fofinha, de Cybele de Oliveira Rebello); de Elisabete de Freitas Guieiro (Travessuras no Céu, de Nilson Lopes da Silva) e de Patricia Gwinner (Ploc, de Dalva Jacy Grosso e Thelma Belloti), todos da Coleção Nossa Primeira Biblioteca, que foi minha primeira biblioteca mesmo!:)
Boa semana a todos!