Quero lhe dar este presente
Uma reflexão de repente
Não ao acaso ou de supetão
Mas de verso improvisado,
Um folk xilogravado
Nesta rede septilhado
Como trova do sertão
O que de mais fundo lhe toca o peito?
Mostrar a fim de causar despeito?
Ser cheio de si e de si mesmo se iludir?
Honra, dignidade e respeito?
Manter a guarda com atitude?
Assim, ainda que o medo lhe inunde,
Plantar-se de pé quando cair?
Saber sobre viver, morrer e amar?
Deixar de legado as fotos no celular?
Esperar no calendário, num futuro imaginário,
O dia de acordar com a macaca, de enfiar o pé na jaca?
Será revolucionário!
Mas só se a preguiça deixar…
Que é o vício mais duro de largar.
Falta de abraço?
Mania de perseguição?
Angústia de chegar?
Raiva da opinião?
O outro, os outros, a outra, as outras?
Seu laudo médico?
Sua prescrição?
A saudade de não saber,
De não precisar de conforto,
De caber num saco, todo torto,
Do que era antes de ser?
Pois essa reflexão não é só sua
Ela é a razão de toda criatura
À qual é dada a peleja de nascer
*As ilustrações foram tiradas do livro Cultura da Terra, de Ricardo Azevedo (escritor e ilustrador)
Bom domingo a todos!
Uau parabéns!
O cordel precisa ser mais valorizado. Já é patrimônio histórico, mas parece-me tão pouco valorizado.
Ano passado estava fazendo um lanche na orla de Maceió, e uma senhora do povo apareceu p divulgar o seu trabalho em nossa mesa. Compramos alguns, e pedi um autógrafo. Ela ficou mais feliz pelo pedido de sua assinatura, do que pelo dinheiro q recebeu.
Tem q ter muita criatividade, saber lidar com a rima de uma forma genial.
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Muito obrigada Miau😊Eu adoro essa forma de contar histórias, fazendo poesia quase cantada. Ontem estava lembrando da narrativa do João Grilo, no filme O Auto da Compadecida, que eu acho genial, e tive vontade de fazer o post nesse formato. Que bom que você também aprecia!🌷🌻😘😘
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Aqui em casa são portugueses de nascença, e simplesmente, adoram o Auto da Compadecida.
É genial!
Fiquei agora a pensar, se Ariano Suassuna produziu durante o período do exílio. 🤔
Não sei se o Auto da Compadecida foi deste período.
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Eu li que ele escreveu como peça de teatro em 1955 e que o personagem João Grilo, que foi emprestado da literatura de Cordel, está presente tanto no folclore português quanto no brasileiro!😁😘
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Sim, eu penso que a expressão cordel vem de Portugal, pois é assim q se chama o “fio” para pendurar, e os livros eram vendidos com esta forma de exposição nestes tais cordéis, Daí, vem o nome literatura de cordel. É melhor checar esta minha informação. Ando com o tempo muito limitado, e posso estar a misturar informações, pq ando a fazer um curso e estou a ser, literalmente, bombardeada de novas informações, que já andei a trocar palavras que fiquei em situação cômica, mas acabo a rir de mim mesma e tudo fica ainda alegre. Kkkkkkkk
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🤣O bombardeio de novas informações não atingiu seus conhecimentos sobre a literatura de cordel. O que eu li foi parecido. Obrigada pela troca de conhecimentos e por trazer pra cá seu carinho e bom humor! 🌷🌻😘
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Adorei! 😀
E agora, não sei porquê, fiquei com a sensação de que tenho de terminar um milhão de coisas… lol
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Que legal, Jauch!😁Fico muito feliz de saber que o cordel causou nem que seja um pouquinho esse efeito🎉🎉🌻
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Haha, olhei para os dois ícones antes da flor e pensei que eram fatias de pizza!!! 😀
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🤣🤣
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Obrigada!!!
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Fantástico!🌸
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Muito Obrigada!!!!
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